O
tecido conjuntivo cartilaginoso também chamado apenas de cartilagem, é muito
flexível, porém de consistência rígida e é encontrado no nariz, nos anéis da traquéia e dos brônquios, na parte externa da orelha, em algumas partes da
laringe e na epiglote. Este tecido não possui vasos sanguíneos, nervos e vasos
linfáticos, ele pode ser nutrido de duas formas: através dos capilares do
conjuntivo que o envolve (pericôndrio) ou através do liquido sinovial (líquido
transparente e viscoso das cavidades articulares e bainhas dos tendões) das
articulações. Ele se adere as superfícies das articulações ósseas de nosso
corpo. Este é indispensável na formação de ossos longos, e também tem a função
de suporte dos tecidos moles (tecido de sustentação).
É formado por células
denominadas condrócitos, células mais velhas que secretam matriz extracelular,
que por sua vez tem origem em células embrionárias chamadas condroblastos
(pequenas lacunas na substância intracelular).
Normalmente um condroblasto pode
conter de dois a oito condrócitos, formando uma espécie de ninho de células
envolto por uma fina cápsula, eles produzem grandes quantidades de fibras
protéicas, a medida que sua atividade metabólica vai moderando passam a se
chamar condrócitos. A matriz extracelular serve de ponte para a difusão dos
condrócitos para os vasos sanguíneos do tecido conjuntivo circundante.
O papel fisiológico deste tecido
está relacionado à suas propriedades que dependem da estrutura da matriz que
pode ser colágeno ou colágeno+eslastina+proteoglicanas (proteína +
glicosaminoglicanas), e é por causa desta ligação que este tecido tem tal
elasticidade.
As cartilagens são envolvidas
por uma bainha conjuntiva (exceto as cartilagens das articulações) que recebe o
nome de pericôndrio (do grego Peri = em torno).
Encontramos em certos vertebrados como os peixes cartilaginosos (o
tubarão e a arraia, por exemplo), estes possuem esqueleto cartilaginoso
exclusivamente. Em outros vertebrados este tecido é substituído pelo ósseo, que
possui consistência mais rígida.
Podemos
dividir este tecido em três grupos diferentes:
Cartilagem
Hialina
A
mais comum encontrada na laringe, traquéia, nos brônquios e nas articulações.
Esta cartilagem apresenta uma matriz mais homogênea e possui poucas fibras
colágenas. Esta cartilagem é a que forma o primeiro esqueleto de um embrião,
que logo após é substituída por osso. É a mais abundante na anatomia humana.
Se
esta cartilagem sofrer uma lesão se regenerará com mais dificuldade e
provavelmente não completamente, com exceção em crianças com pouca idade. Em
adultos esta regeneração é feita pelo pericôndrio, que células originadas por
ele, invadem a área fraturada dando origem ao um novo tecido cartilaginoso.
Cartilagem Elástica
Semelhante
à hialina, a cartilagem elástica possui pequenas porções de colágeno, além de
fibras elásticas entrelaçadas, materiais
de lâminas de elástico. Este material é responsável pela maior elasticidade
desta cartilagem. Possui também uma exuberante rede de fibras elásticas finas,
que se unem ao pericôndrio. Devido à presença de elastina esta cartilagem
possui uma coloração amarelada. As células presentes do interior desta
cartilagem mantêm a matriz. Este tipo de cartilagem é encontrada na orelha, no
septo nasal e na epiglote.
Cartilagem Fibrosa
A cartilagem fibrosa também pode ser chamada de fibrocartilagem. Esta cartilagem apresenta
grande quantidade de fibras colágenas, fazendo assim com que se torne a mais
resistente de todas as três. Nesta cartilagem não há presença de pericôndrio e
está diretamente associada ao tecido conjuntivo denso. Ela tem a função de
cartilagem intervertebral, separando uma vértebra de outra, evitando assim o atrito entre elas
e amortecendo choques que podem ser transmitidos á coluna através de atividades
físicas. Esta cartilagem está presente entre as vértebras e no osso púbis da
bacia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário